*Rangel Alves da Costa
Verdade que mãe não precisa de dia específico
no calendário para ser amada, adorada, reverenciada. O dia das mães é todos os
dias, assim a razão do dito popular. Contudo, o costume de se comemorar o dia
das mães em data especial, é fato que acaba provocando duas situações
conflitantes, ainda que pelo mesmo amor devotado àquela que gestou ao mundo cada
um de nós: a dor e o amor. Ou a dor pela saudade da mãe que já não presente, a
dor por não poder partilhar ao lado dela esse dia, a dor por não poder
presencialmente demonstrar todo o amor sentido. E o amor expressado em poder,
ao lado dela, mostrar quanto ama e quanto é importante a sua permanência no
seio familiar e entre amigos. E assim porque é doloroso demais ao invés de entregar
um buquê de flores acompanhado de um abraço, ter de levar lírios e jasmins ao
túmulo. É doloroso demais observar pessoas comprando lembrancinhas para sua mãe
e já não poder fazer o mesmo. É doloroso demais ser forçado a trocar palavras
de carinho e agradecimento ao lado dela por preces e orações por sua alma no
além. Em tudo o mesmo amor, mas é a presença da mãe que a tudo transforma em
dor ou em alegria, em prazer ou em sofrimento.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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