SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Palavra Solta: serenidade


Rangel Alves da Costa*


Não há como negar: a vida é Eclesiastes, tudo é Eclesiastes. Diz o livro da sapiência bíblica: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz”. E por ser verdade, porque há um tempo para tudo, e não adianta a pessoa tentar reverter tal percurso, então surge a importância da serenidade. E o que é a serenidade senão manter uma feição comedida ante as mais diversas situações da vida? Ora, se o Eclesiastes diz, por exemplo, que depois da alegria vem a tristeza, depois do sofrimento vem a alegria, certamente que haverá uma ruptura de sentimentos. E para que assim não ocorra ou que a pessoa deixe de aproveitar a vida por medo do amanhã ou do instante seguinte, deve-se conviver com serenidade: ter, mansamente, tranquilidade a cada momento. E não evitará o espanto.


Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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