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terça-feira, 25 de agosto de 2015

DILMA, POR FAVOR, NÃO SAIA, DISSE O BANQUEIRO AFLITO


Rangel Alves da Costa*


Dilma, mandatária da casa da Mãe Joana, atenda os rogos do banqueiro Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco, e dos demais banqueiros que se empanturram com os juros agraciados pelo seu governo, e não saia.
Mas não saia mesmo. Não entristeça seus amigos bolivarianistas de meia-tigela, seus apadrinhados cubanos de meia-pataca, seus iguais das republiquetas de banana. Chico Buarque e José de Abreu certamente não suportariam a dor.
Não saia de jeito nenhum. A máfia corruptora necessita de sua presença no governo. Os apadrinhados e comissionados petistas precisam que continue garantindo suas esbórnias. O que será do PT sem ter um cofre para meter a mão quando quiser?
Por isso não saia. Por conta própria não, de jeito nenhum. Renunciar nem pensar. Fique porque você foi eleita com o voto do povo e por isso mesmo o povo tem de ter a retribuição que merece. E veja o que você está fazendo com o povo: dando banana. De fome ninguém morre não.
Nem pense em sair. Mande fortificar o Palácio do Planalto, colocar muros altos ao redor e fogo de artilharia no alto das torres. Não seria demais, por precaução, que você se amarrasse nas colunas palacianas, de modo a ninguém conseguir tirá-la à força.
Sei que você, Dilma, com o sangue de falsa guerrilheira ou de barata que tem, já providenciou a construção de túneis. Mas cuidado com o lamaçal que assola todo o planalto. Contudo, não correrá risco algum em meio à rataria petista que por lá já faz moradia.
Há muitas outras razões para você não sair. Por que sair se está tudo bem, se o Brasil vive às mil maravilhas, o povo não tem do que reclamar, tudo está segundo o prometido em campanha?
Por que sair se o salário do povo dá para colocar comida farta à mesa, a inflação regride a cada dia, as contas de água, luz e farmácia são uma verdadeira pechincha? Ora, se tudo está tão bem nos hospitais, nos postos de saúde, nas escolas, então não há motivos para despedida.
Lula colocou você aí foi para ficar, e não para sair. E só saia daí se for para entregar as chaves do cofre a ele. Não entregue o poder a mais ninguém, de jeito nenhum. Acaso as urnas sejam traiçoeiras, nem se incomode: dê um golpe. Ora, tanto faz um golpe a mais ou a menos povo.
Dilma, certamente sabe que o poder é a melhor coisa do mundo. Nada se iguala a soprar e sorrir, a bater e não ter troco, a fazer o povo sofrer e fazer de conta que é apenas a elite raivosa.
De cartilha você conhece muito bem. Aprendeu tanto o catecismo guerrilheiro que acha que todo mundo é inimigo. E sai atirando raivosamente e parece não se dar por satisfeita até que a conta de energia do pobre seja igual ao salário que recebe. Como vai comer, como vai ver esse povo?
Mas seja cada vez mais resistente. Não admita golpe, pois golpe só quem pode dar é você. Aliás, ninguém sabe dar mais golpe do que você. O povo anda de olho roxo, de corpo alquebrado, doído por todo lugar. E tudo por causa de seus golpes.
Contudo, preciso lhe confessar uma coisa, Dilma. Por mais que eu digo que não saia, que fique, que resista, olho adiante do Planalto e não vejo nenhum horizonte bom. As nuvens estão carregadas demais, as tempestades avançam, já ouço o ronco dos trovões. Ou será o brado do povo que vem lhe tirar o poder?
Corra Dilma, corra, corra. Não, pare, se esconda. Mas onde? O túnel abaixo já está cheio de ratos e de petistas. Grite, peça socorro a Lula. Mas creio que não adianta. O povo já está subindo a rampa do Planalto. Agora é tarde demais Dilma, não há mais o que fazer.
Mas sempre há uma saída. O problema é que se a saída for igual a que você vem encontrando para o Brasil, sei não. Comece logo a rolar rampa abaixo. Ou será jogada de seu pedestal.


Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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