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A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



quinta-feira, 2 de julho de 2015

Meu Silêncio, Tua Palavra – 22


Rangel Alves da Costa*


O meu silêncio pergunta: Por que somente a união entre povos e entre governantes garantirá o sustento da vida?
A Tua palavra diz: “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3:3).
O mundo foi criado para o convívio humano. O Criador não teria se esmerado na criação de um ambiente de permanência e relacionamento amigável entre os seres acaso tivesse a intenção de transformá-lo numa arena de feras ou num campo de batalha. Confiou ao homem a existência e a convivência, confiou-lhe ainda um viver justo, digno e compartilhado. Ora, assim se esperaria, principalmente porque dotado de razão, de sentimentos e de poder de discernimento sobre o bom e o ruim, sobre o bem e o mal. Contudo, ao optar pela semeadura da intriga, da inveja, da discórdia, da ameaça, da perseguição e da violência, logicamente que o homem forjou um mundo próprio diferente daquele que lhe fora confiado. Por consequência, as relações belicosas, as intimidações e as guerras. Numa estrada onde todos seguem o mesmo destino, transformar as sombras em labirintos é conviver no medo e na desconfiança, na violência e na desdita de sangue. Mas assim a escolha do homem. Uma fera de si mesmo, um predador de qualquer outro ser.


Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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