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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Tempo de varais (Poesia)


Tempo de varais

O vento soprava
as roupas dançavam
tardes de jamais
dias de varais

minha mãe cantando
levando toalha e fronha
para estender no varal
e logo bandeiras brancas
tremulavam pelas tardes
enxugando os tempos idos
deixando tantas saudades

uma cadeira de balanço
uma vida tão tranquila
meninos com bola a correr
e aquelas roupas secando
até chegar o vendaval
o menino chutando torto
e acertando o varal

mas o vento soprava
as roupas se balançavam
lenços molhados demais
com saudades dos varais.


Rangel Alves da Costa

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