SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Cantiga enluarada (Poesia)


Cantiga enluarada


Quando a tarde se vai
e o sol lentamente se esvai
ouço o silêncio dos campos
a brisa com os seus cantos
as sombras espalhadas no ar
cor da noite que vai chegar
e eu igual farol de um mar
acendo a luz de todo pensar
e me vem a saudade imensa
dor que me traz recompensa
por lembrar de alguém ausente
que do amor deixou a semente

e é quando abraço a noite
me deixo esvoaçar como açoite
e não nego a paixão derramada
flores perdidas numa estrada
pétalas e espinhos sangrando
num coração que segue amando
e por amar canta a velha canção
cantiga enluarada de ressurreição.



Rangel Alves da Costa

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