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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Quase cais (Poesia)



Quase cais


Eis que os meus olhos
viajantes, transbordantes
singrando em tantos ais
quase cais, quase cais...

porto e miragem
desembarco da viagem
me espera linda no cais
nunca mais, nunca mais...

guarde o seu lenço
não tem choro de partida
nunca mais a despedida
nunca mais cais...

vela que chega
e vai voltar na solidão
mar de tanta ilusão
sofrimento agora jaz...

quero esse cais
quero tudo e muito mais
passear com meu amor
da lua ir logo atrás
e desperta o navegar
leito de amor satisfaz
noutro cais...



Rangel Alves da Costa

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